O Ministério Público não ficou calado. Após o vídeo do deputado Ricardo Arruda, que atacou a promotora rondonense que cobra o cumprimento da lei na vacinação infantil, veio a resposta: uma nota pública de repúdio da Associação do Ministério Público do Paraná. E o que parecia ser uma guerra local entre ciência e negacionismo em Marechal Cândido Rondon agora tem palco estadual.
Depois da Recomendação do Ministério Público cobrando providências dos poderes locais para garantir a vacinação infantil contra a Covid-19, a vereadora Tania Aparecida Maion (Republicanos) resolveu não recuar — dobrou a aposta. Ela buscou o apoio do deputado estadual Ricardo Arruda (PL), réu acusado da prática de corrupção. O deputado gravou um vídeo inflamado (veja abaixo) atacando a promotora rondonense Nara Mirella Leal Palrinhas. Sobrou até pro vereador Fernando Nègre (PT).
No vídeo, o deputado não economiza: trata a vacina como “terapia gênica”, fala em “ditadura sanitária” e defende Tania como símbolo da “liberdade” de escolha. A peça foi distribuída massivamente em grupos de WhatsApp e redes sociais, com direito a instruções para que o vídeo fosse “espalhado em Marechal” e para que a “direita apoie a vereadora”.
O caso explodiu
No fim da tarde desta quinta-feira (19), a Associação Paranaense do Ministério Público (APMP) publicou uma nota pública de repúdio ao deputado. A entidade classificou as declarações como “ofensivas, desrespeitosas” e acusou Arruda de tentar intimidar uma promotora no exercício legítimo de sua função. Clique aqui para ver a nota.
A nota circula agora nas redes de promotores e juristas em todo o Estado, e já causou movimentações internas. Inclusive, segundo fontes do Blog do Jadir, a possibilidade de representação junto ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa, por quebra de decoro parlamentar.
Consequências jurídicas — e políticas
A promotora de Marechal Cândido Rondon não está sozinha. Agora, com o respaldo público da APMP, o caso ganha peso jurídico e político. A vereadora Tania Maion, que talvez esperasse desgastar a promotora com apoio externo, acabou colocando o próprio mandato no centro de uma crise de dimensões muito maiores.
Se ela continuar insistindo em promover eventos e discursos contrários à vacinação — após recomendação expressa para que cesse esse tipo de conduta — poderá responder por desobediência, infração de norma sanitária e até por improbidade administrativa, caso se comprove que usa o cargo para minar políticas públicas de saúde.
Mas não é só no Ministério Público que ela está na berlinda. A vereadora já responde a uma denúncia no Conselho de Ética da própria Câmara, protocolada em abril por ninguém menos que o prefeito Adriano Backes (PP). A nova crise pode reforçar a denúncia de Backes e acelerar um processo que até agora parecia sem muita chance de prosperar.
Agora, Tania e sua cruzada antivacina estão em evidência, não apenas como um caso local de desinformação, mas como exemplo estadual de como a ideologia pode atropelar o bom senso. E, com sorte, não a Constituição.
Vai ter muito “maluco” apoiando esta maluca!
ASSIM COMO TEM MUITO MALUCO PETISTA QUE DERAM QUINHENTOS E POUCOS VOTOS PRO FERNANDO EM MARECHAL TAMBÉM TEM MIL E TANTOS QUE DERAM O VOTO EM TÂNIA E DAI QUAL O PROBLEMA? NENHUM VIVA A DEMOCRACIA
Como se observa, há também necessidade de vacina contra o vírus do extremismo. Uns das vacinas: o voto. Antes desta, a vacina de uma avaliação psicológica prévia.
E DÁ-LHE FILOSOFIA! KKKKKKK….OS PETRALHAS GERALMENTE SÃO ASSIM!