As informações são extraoficiais e ninguém confirmou. Mas não foi só uma vez que ouvi que, logo depois da festa do município, possivelmente em agosto, pode haver uma dança das cadeiras na Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon.
Três vereadores titulares que hoje ocupam secretarias no governo Adriano Backes (PP) podem voltar aos seus assentos no Legislativo: Marciane Specht (União Brasil), Marciel Escher (Republicanos) e Claudinho Koehler (PP). Eles assumiriam os lugares de Verde, Suko e Carlinhos Silva, respectivamente.
O motivo? O velho e bom cálculo eleitoral.
Com a eleição de 2026 se aproximando, o prefeito Adriano Backes estaria articulando para consolidar uma base política sólida em torno dos seus candidatos a deputado estadual e federal. O principal objetivo é fortalecer o apoio a Hussein Bakri (PSD), líder do Governo Ratinho Jr. na Assembleia Legislativa e figura-chave tanto na interlocução com o Executivo estadual quanto na liberação de recursos para viabilizar projetos da administração municipal.
O problema é que os suplentes atualmente na Câmara não têm se mostrado muito alinhados com o projeto político do prefeito. Pelo contrário:
Verde já rompeu com o governo e tem dado sinais claros de que caminhará com Marcio Rauber, atual rival de Backes.
Suko, até agora, não sinalizou apoio a Bakri, o que deixa o prefeito em alerta.
E Carlinhos sempre flerta com o clã Sperafico e sinaliza apoio a Natan Sperafico (PP) para deputado estadual.
Frente a esse cenário de incertezas, Backes pode sacar a carta na manga, ou melhor, as cartas: trazer de volta os titulares, reforçando a base e garantindo, na marra, que os microfones da Câmara não sejam usados para desgastar o governo e nem seus planos eleitorais.
Claro, como disse no primeiro parágrafo, tudo isso ainda é especulação. Mas, como diz o ditado: onde há fumaça, tem fogo… ou, no mínimo, uma fogueira sendo acesa.
Vereador eleito que aceitar nomeação como secretário municipal deveria renunciar ao mandato — para evitar essa “mistura” entre os poderes.