Segundo colocado na eleição para o Senado no Paraná em 2022, o ex-deputado federal do PL, Paulo Martins, parece que anda a ver navios na eventual eleição suplementar no Paraná caso Sergio Moro tenha o mandato cassado pelo TRE.

Até mesmo o seu partido, o PL, parece estar apostando as fichas em outro nome, o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que sequer tem domicílio eleitoral no Paraná. Mesmo assim, o nome dela foi amplamente sondado em três cenários diferentes em recente levantamento da Paraná Pesquisas, Em todos eles, ela confirma largo favoritismo, mostrando a força do bolsonarismo no estado.

Nos cenários em que o nome de Michelle foi substituído por Paulo Martins, a pesquisa mostra que ele perderia a eleição até para a petista Gleisi Hoffmann. Quando o levantamento inclui o nome do ex-senador Alvaro Dias (Podemos), Martins cai pra terceiro e, quando inclui também a deputada Rosangela Moro (União), esposa de Sergio Moro, piora ainda mais, ficando em quarto.

Também foram sondados os nomes dos deputados federais Ricardo Barros (PP) e Sergio Souza (MDB), que figuram de forma inexpressiva.

Realizada com uma amostra de 1556 eleitores, a pesquisa claramente objetivou medir a força dos nomes do PL, que objetiva ampliar sua força no Senado e, até por isso, é um dos autores, junto com o PT, do pedido de cassação de Sergio Moro por caixa 2 e abuso de poder econômico na eleição de 2022.

Ainda que relute em manifestar o mesmo entusiasmo de seu marido para uma candidatura, Michelle, com seu domicílio eleitoral no Distrito Federal, poderia ser a peça que o PL precisa para garantir a vaga adicional no Senado. Para isso ela teria que transferir o domicílio eleitoral para o Paraná até 6 de abril de 2024. Mas não só isso. Ao fazê-lo, teria que comprovar pelo menos três meses prévios de vínculo (de trabalho, moradia ou afetivo) com o estado.

E, Paulo Martins, como fica?

Bom, se isso acontecer mesmo, o jeito será o Valdemar Costa Neto arrumar uma “boquinha” pra ele no PL.

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