As recentes entrevistas e manifestações públicas do prefeito Marcio Rauber e do ex-prefeito e vereador de oposição, Moacir Froehlich estão dando o tom do clima acirrado que será a campanha política que se avizinha em Marechal Cândido Rondon.

Embora nenhum dos dois vá concorrer ao cargo de prefeito nas eleições de 2024, é indiscutível que suas vozes ressoarão fortemente durante esse período eleitoral.

Em somente uma campanha política de Marechal Cândido Rondon testemunhei um clima semelhante como o que estamos vivendo hoje na política local. Foi em 1992, quando Dieter Seyboth era prefeito e lançou Verno Scherer para sucedê-lo, tendo Arno Kunzler como candidato a vice. Do outro lado estavam os que viriam a vencer o pleito por uma diferença de pouco mais de 300 votos: Ademir Bier e Aríston Limberger.

Teve eleição com resultado mais apertado, sim, como a que garantiu a reeleição de Edson Wasem em 2004, com diferença de míseros 27 votos. Mas, nenhuma campanha foi tão disputada quanto 1992.

O pano de fundo desses desentendimentos entre Marcio e Moacir vai muito além da mera troca de farpas e vaidades pessoais. Ele vai moldando o ambiente político em que as futuras lideranças da cidade serão escolhidas. Um ambiente tenso, cheio de trocas de acusações, disputas verbais e embates ideológicos.

Os futuros candidatos acabarão assimilando esse clima hostil determinado pelos dois líderes e certamente se sentirão pressionados a adotar posturas semelhantes. A tendência é vermos no município uma campanha semelhante ao que testemunhamos na política nacional, uma campanha marcada por extremos.

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