Após a publicação da matéria do Blog sobre os problemas deixados nas calçadas das ruas Ceará e 12 de Outubro, o Grupo Prime Empreendimentos, empresa responsável pela obra de alargamento e recapeamento, procurou a reportagem para apresentar sua versão.
O representante da empresa, Hubert Grams, afirmou que o projeto inicial previa apenas o recape das vias e que o alargamento foi incluído posteriormente, já com a obra em andamento. Mesmo com a ampliação dos serviços, o cronograma foi acelerado: “O prazo inicial era de nove meses, mas estamos finalizando em quatro”, destacou.
Calçadas fora do escopo
Sobre as reclamações de moradores e as críticas feitas na Câmara, Grams reconheceu que a situação dos passeios poderia ter sido prevista, mas frisou que essa etapa não faz parte da responsabilidade contratual da empreiteira.
“Concordo sobre a situação dos passeios, que a princípio já não existiam, poderiam ter sido inclusos, mas essa parte não nos compete”, afirmou.
Segundo ele, a empresa tem executado as entradas das garagens e feito a recomposição dos trechos onde havia paver ou concreto, conforme o padrão existente antes da intervenção.
Tempo instável e ritmo de trabalho
Grams também mencionou que o clima tem dificultado o andamento da obra.
“Estamos tendo muita instabilidade do tempo, com chuva até duas vezes por semana. Mesmo assim, as entradas estão sendo refeitas conforme o tempo permite”, explicou.
A empresa encaminhou fotos das frentes de trabalho, mostrando a reconstrução de acessos e a aplicação de paver em alguns pontos das ruas (veja abaixo).
Entendimento técnico, conflito político
A resposta da empreiteira reforça que o impasse não é de execução, mas de escopo: se a calçada deveria, ou não, estar incluída no projeto.
O vereador Valdirzinho Sachser (União Brasil), que trouxe o tema à tribuna, questiona exatamente isso: a falta de padronização e de um olhar integral sobre a obra. Afinal, quem paga o preço do “não previsto”?




