Três projetos de lei que mexem diretamente na estrutura do poder público e no bolso da prefeitura chegaram à Câmara na última sexta-feira (4) e devem entrar na pauta na sessão de hoje (segunda, 07).

Os projetos apenas devem ser lidos hoje e seguirão para análise das comissões permanentes. A votação deve acontecer em sessão futura. Mas os bastidores já fervem.

O que está em jogo

Projeto 011/2025: Reestruturação administrativa. Cria novos departamentos e divisões nas secretarias de Administração, Educação, Agricultura, Esporte e Cultura. Redesenha a máquina pública e aumenta o tamanho da estrutura de governo.

Projeto 012/2025: Ampliação de cargos comissionados. Inclui mais um Diretor de Departamento, mais um Assessor Especial e cria o cargo de Diretor Especial de Gestão de Contratos, com amplos poderes de fiscalização e controle interno.

Projeto 013/2025: Aumento de cargos efetivos. São:

  • +32 Agentes Comunitários de Saúde
  • +13 Assistentes Administrativos
  • +7 Assistentes Sociais
  • +3 Enfermeiros
  • +5 Motoristas
  • +2 Profissionais de Educação Física

Segundo o Executivo, a medida é para atender a demanda crescente e formar uma reserva técnica.

Mas na prática, o pacote representa um impacto considerável no orçamento: a folha de pagamento pode ultrapassar R$ 190 milhões por ano até 2027, com reajustes já projetados.

O que não está nos projetos, mas o blog apurou

No fim de semana, o Blog do Jadir apurou que o prefeito Adriano Backes chamou os vereadores da base para uma reunião às 17h desta segunda-feira, uma hora antes da sessão.

Objetivo: tentar convencê-los a defender o pacote de mudanças.

Será o primeiro grande teste da base governista. O projeto do vale-alimentação para secretários passou tranquilo. Este agora é diferente. É pesado. Tem resistência. Nos bastidores, já se fala: a base na Câmara não vai segurar esse rojão sozinha.

Os vereadores cobram que a defesa pública dos projetos seja feita pelo próprio Executivo. E aí vem a dúvida: quem vai dar a cara a tapa?

  • O secretário de Governo Gilmar Dattein?
  • O secretário de Administração Valmir Monteiro?
  • A chefe de gabinete Lúcia Pletch?
  • O vice-prefeito Vanderlei Sauer?
  • Ou o próprio prefeito Adriano Backes?

Segundo um vereador consultado, “se o projeto é bom, que o governo defenda. Se é necessário, que explique”.

Uma coisa que parece certa: a conta não deve ficar só no colo dos vereadores.

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