Se na primeira viagem para Curitiba o prefeito Adriano Backes voltou com a promessa de R$ 50 milhões em investimentos, agora parece que, além de recursos, o novo prefeito e seu entorno, formado por secretários e vereadores dos três partidos de situação, vai deixar claro quem receberá o apoio do grupo na eleição para deputado no ano que vem.
Imagens exclusivas obtidas pelo Blog do Jadir revelaram um alinhamento estratégico entre o deputado estadual Hussein Bakri (PSD) e lideranças que compõem a base do governo Backes e Sauer. E não é um grupo isolado, não. São vereadores e secretários dos três partidos da base aliada de Backes: PP, União Brasil e Republicanos.

Somando apoios
O deputado Hussein mostra desde já que, ao contrário do que muitos imaginavam, ele não vai recuar do território político já ocupado para favorecer Marcio Rauber. A presença de Bakri em Marechal não será apenas figurativa, mas intensiva e estratégica, reafirmando sua posição de querer repetir ou até ampliar a votação que fez em 2022, quando somou mais de 7 mil votos na cidade.
É bom lembrar que, na oportunidade, o PP apoiou Anderson Bento Maria, que alcançou quase 4 mil votos. Agora ele é secretário de Backes e, tudo indica, apoiará também a candidatura de Hussein.
Aliás, o movimento de Bakri vai além da política de base de Backes e Sauer. O vereador Iloir “Padeiro” de Lima (PL), teoricamente da oposição, também foi flagrado em pose fotográfica e até publicou vídeo ao lado do deputado em Curitiba. Fontes indicam que o outro vereador do PL, Spohr, só não participou devido aos seus problemas de saúde.

Campo minado
Se olharmos além dos limites de Marechal Cândido Rondon, prefeitos de municípios vizinhos, que poderiam ser aliados em um projeto político regional de Rauber, dependem muito de Hussein Bakri para acessar recursos estaduais. Compromissos políticos e a necessidade de parcerias para garantir investimentos locais podem enfraquecer ainda mais o campo de apoio do ex-prefeito rondonense.
Além disso, o histórico recente não favorece o ex-prefeito. Sua ausência na posse de Backes como prefeito foi interpretada como um joguete político e parece ter gerado um efeito duradouro. A velha máxima da política parece que se cumpriu: “rei morto, rei posto” , e o espaço deixado por Marcio foi rapidamente ocupado pelo novo prefeito e, logo ali, pelo deputado.
A realidade mostra que, na política, ninguém é insubstituível e os espaços vazios são rapidamente preenchidos. Hussein Bakri, com articulação e influência, está ocupando esse território, aproveitando-se principalmente do azedume criado entre Backes e Marcio. Agora, Marcio terá dificuldades para formar um novo grupo sólido que sustente suas pretensões futuras.
Se quiser levar adiante seu projeto de disputar uma cadeira na Assembleia, terá que reunir aliados e criar estratégias para resistir a esse avanço do turquinho de União da Vitória. Caso contrário, talvez seja melhor ir se preparando para enfrentar Backes para prefeito em 2028.
