Um vídeo com uma grave denúncia circula pelo WhatsApp na manhã desta terça-feira (26) registrando o que parece ser um claro caso de fura-fila na UPA de Marechal Cândido Rondon. O caso teria acontecido nesta segunda-feira (25).

No vídeo uma pessoa que aparentemente está aguardando atendimento, registra uma mulher acompanhada de uma criança no balcão da Unidade, reivindicando atendimento imediato, desrespeitando o procedimento padrão de triagem e a fila de espera.

Ela conversa por algum tempo com atendentes da UPA e, segundo o relato da pessoa que fez o vídeo, a mulher exigia atendimento prioritário com base em uma suposta conversa prévia com a secretária de Saúde, Marciane Specht. Inclusive, é possível ouvir claramente que ela não iria esperar.

Após alguns instantes de conversa, a mulher e a criança são conduzidos prioritariamente para o ambulatório, passando na frente de vários outros pacientes.

A autora do vídeo ainda registra uma criança que também estaria precisando de atendimento prioritário aguardando ser atendida, e fala de pessoas “há mais de duas horas esperando para serem atendidas”.

Em contato com a secretária Marciane, esta respondeu estar a caminho da delegacia para lidar com o uso indevido de seu nome, sem especificar se referia-se à mãe com a criança ou à autora do vídeo.

Veja o vídeo

O vídeo original passou por nossa edição. As imagens foram borradas para preservar as identidades e o som passou por um filtro para eliminar ruídos e deixar a voz mais nítida. Legendas também foram incluídas.

Vulnerabilidade da triagem

Se de fato o nome da secretária foi utilizado indevidamente para obter privilégios no atendimento, isso expõe uma vulnerabilidade alarmante na gestão de prioridades dentro da unidade de saúde.

Sugere que qualquer indivíduo poderia facilmente manipular o sistema para benefício próprio, simplesmente usando o nome da secretária ou até de outra autoridade municipal para furar a fila, colocando em risco a equidade e eficácia do atendimento ao público.

O direito ao atendimento de saúde deve ser preservado com a máxima equidade, garantindo que situações de urgência sejam atendidas com prioridade baseada em critérios clínicos, não em influências externas ou manipulações. A confiança da comunidade no sistema de saúde local está em jogo, exigindo uma resposta rápida e transparente das autoridades.

Com a palavra, a secretária de Saúde.

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