Assisti à primeira sessão da Câmara Municipal de Marechal Cândido Rondon em 2024. Confesso que eu tinha a expectativa que seria uma sessão intensa, de debates, de uso da tribuna, de posições contundentes diante dos últimos acontecimentos na cidade.

Só vi discursos mornos, tímidos e sem “tesão”.  Mais tempo dedicado a cumprimentos à plateia do que falas sobre temas em pauta.

Para quem assistiu à sessão e viu o discurso do Gordinho do Suco da tribuna, sem saber das polêmicas dos últimos dias, certamente saiu imaginando que o prefeito resolveu todos os problemas no simples ato de convocar uma entrevista coletiva e uma reunião. Nenhum aparte, nenhuma contestação. Ouviram e engoliram calados. Parabéns ao Gordinho. Cresceu uns pontos na moral do “chefe”.

Por isso, além da sua própria competência, Marcio Rauber vai se consolidando como o melhor prefeito da história. Entre outras coisas, por omissão da oposição.

Aliás, está há quase 8 anos sem oposição. Sorte dele que não tem na Câmara um Aríston Limberger, um Guido Herpich, um Neori Pedralli, um Ilmar Priesnitz, um Ítalo Fumagalli ou um Pedro Rauber nos áureos tempos oposicionistas. Até o próprio Marcio, na época de vereador foi muito melhor e não dava folga nos tropeços do governo Moacir e Cottica.

Em homenagem à oposição, recorri a um recurso da Inteligência Artifical e, juntos, eu e a IA, elaboramos uma poesia.

Vozes que não ecoam

Em plenário reina um silêncio, um vácuo sem par,
Com a volta das sessões, após o recesso a encerrar.
A cidade enfrenta crises, em trânsito e mobilidade,
Mas da oposição, nem sinal de real atividade.
Na coletiva matinal, o prefeito a se explicar,
Mas onde estão os desafios que deveriam ecoar?

Já se ouviu neste espaço a voz de João Marcos, Aríston Limberger ressoar,
Guido Herpich, Pedro Rauber, Neori Pedralli, a ordem questionar.
Valdir Sachser, Portinho, em seus tempos, a marcar,
Ilmar Priesnitz, Ítalo Fumagalli, no debate a engajar,
E Marcio Rauber, vereador, a gestão de Moacir Froehlich confrontar.
Eram tempos de discursos fortes, de um legislativo a se destacar,
Hoje, memórias de um passado que parece não retornar.

Na esperança de que novos nomes possam esta história reescrever,
Que em Marechal Cândido Rondon, a oposição volte a se erguer.
Que as vozes do passado inspirem coragem, inspirem ação,
E que a Câmara Municipal reflita novamente a voz da população.
Que o debate seja vivo, que as palavras possam fluir,
E que a democracia, em cada sessão, possa se redimir.

One Reply to “Em poesia, uma crítica à oposição”

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