Como jornalista com alguns anos de experiência na cobertura de assuntos políticos, tenho sempre em mente o poder das palavras e, especialmente, o impacto das metáforas na moldagem da compreensão pública. Hoje enfrentei algo inesperado: uma metáfora que utilizei para ilustrar uma situação política, foi mal interpretada.
As metáforas têm o poder de transcender a linguagem literal, oferecendo novos ângulos e perspectivas. No entanto, neste caso, a metáfora que escolhi não alcançou o efeito desejado. Pelo menos não por parte do personagem envolvido.
Quando metáforas são mal interpretadas
Metáforas são, por natureza, abertas a diferentes interpretações. O que para um é uma representação clara de um conceito, para outro pode ser confuso ou até enganador.
No contexto político, onde as palavras são escrutinadas e as emoções muitas vezes correm alto, o risco de mal-entendidos se amplifica.
Foi o que aconteceu e quando fui tentar explicar em palavras mais simples, já estava com o WhatsApp bloqueado.
A foto como metáfora
Tirar uma fotografia não é apenas captar uma imagem, mas também ideias, emoções e narrativas. Frequentemente, uma fotografia transcende sua representação visual literal para se tornar uma metáfora poderosa, oferecendo uma perspectiva mais profunda sobre a realidade ou os eventos sociais.
Cada espectador pode interpretar uma fotografia de maneira única, baseada em suas experiências e percepções pessoais. Assim, uma única imagem pode assumir múltiplos significados, funcionando como uma metáfora diversa e dinâmica que se adapta à visão de cada indivíduo.
Aprendizado
A experiência de ter uma metáfora mal interpretada foi um momento de aprendizado. Reforçou a necessidade de uma comunicação cuidadosa e ponderada, especialmente em assuntos de natureza política que envolvem determinados políticos.
Daqui pra frente, quando for escrever sobre uns e outros já sei que preciso “escrever com legendas”. Opa… isso foi uma metáfora, mas já vou explicar.
Ao escrever ou fotografar, especialmente alguns políticos, aprendi que devo ser extremamente claro e explícito, de modo que o significado pretendido seja facilmente compreendido pelo leitor, assim como uma legenda em um filme ajuda a entender o diálogo ou a narrativa.
Meu papel aqui no blog vai além de simplesmente informar; é também interpretar e contextualizar. Por isso, em um mundo ideal, as metáforas que usamos abririam portas para um entendimento mais profundo, não barreiras para a compreensão.
Por fim, como jornalista, continuo comprometido em buscar a clareza, a precisão e a responsabilidade em cada palavra que escolho, lembrando sempre que, no fim das contas, o objetivo é iluminar, não confundir.
Ps: Sou jornalista 24 horas por dia.
One Reply to “Metáforas na política: navegando entre a clareza e a confusão”