Rosa Weber votou contra a prisão em segunda instância nesta quinta-feira (24) e praticamente selou o resultado do julgamento. Diante de uma votação apertada, o voto dela era considerado decisivo, uma vez que o posicionamento dos demais ministros já era mais lógico e previsível.
Rosa acompanhou o entendimento do relator, ministro Marco Aurélio Mello, e se posicionou a favor de réus condenados pela Justiça aguardarem em liberdade até o esgotamento de todos os recursos. Ou seja, não poderão mais ser presos após condenação em segunda instância como acontece atualmente.
O placar está em 3 a 2 a favor da execução antecipada de pena. Até agora, votaram os ministros Marco Aurélio, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Ainda faltam votar, pela ordem, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e, por último, o presidente Dias Toffoli.
A tendência é de que os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Toffoli também votem contra, enquanto que Luiz Fux e Cármen Lúcia devem votar a favor da segunda instância, como já fizeram Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
Em isto se confirmando, o placar da votação ficará em 6 a 5 e cairá a prisão em segunda instância. Isso beneficiará o ex-presidente Lula e cerca de 4,8 mil outros presos em segunda instância, que poderão ganhar a liberdade.
A prisão após condenação em segunda instância é considerada um dos pilares da Operação Lava Jato.