“Precisamos de nove justos. Só nove”, disse o vereador Josoé Pedralli em seu pronunciamento da tribuna da Câmara na sessão da última segunda-feira (26) ao pedir que os vereadores se sensibilizem e votem pela cassação do mandato de Nilson Hachmann. Pedralli foi o autor da denúncia contra Nilson na Câmara em 28 de fevereiro passado.

Em sessão extraordinária marcada para as 18 horas de hoje (29), a Câmara vai votar o processo disciplinar contra Nilson e decidir se ele será ou não cassado. Mas, para que isso aconteça, são necessários nove dos 13 votos. E a votação é secreta.

Em duas outras votações recentes, a Câmara absolveu da cassação os vereadores Neco Kist e Adelar Neumann, que igualmente respondiam a processos disciplinares. A tendência é que isso se repita na votação de hoje, justamente pelo fato do voto ser secreto.

Nilson Hachmann é acusado de utilizar empresas jurídicas em nome de terceiros, mas que seriam de propriedade dele, para participar de processos licitatórios e fazer venda direta à Prefeitura, o que é proibido.

Depois disso, Nilson ainda foi preso junto com outras quatro pessoas numa operação desencadeada pelo Gaeco e está até hoje afastado do cargo de vereador por determinação judicial.

O parecer do relator do processo disciplinar, Arion Nasihgil, foi pela cassação de Nilson. Esse parecer possivelmente será contestado na sessão de hoje pelo advogado Marcio Berti, que atua na defesa de Nilson e sustenta a sua inocência.

Pedralli, por ser o autor da denúncia, não poderá participar da sessão. Para ocupar o seu lugar na votação foi convocada a suplente Maria Amália Ritt Haab.

Veja o que disse Josoé Pedralli na sessão da segunda-feira e o alerta que fez:

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