A política de Marechal Cândido Rondon está virada literalmente num jogo de xadrez. Prova disso é uma movimentação que houve no processo disciplinar 03/2019 que apura denúncia contra o vereador Neco Kist, em que o vereador Vanderlei Sauer solicitou a inclusão de três testemunhas para serem ouvidas.
Até aí nada de anormal, se as três testemunhas não fossem três vereadores: Ronaldo Pohl, Adelar Neumann e Adriano Backes.

Ocorre que, pela legislação, qualquer vereador que estiver envolvido com a ação, mesmo na condição de testemunha, estará impossibilitado de votar o relatório em plenário. Foi isso que motivou, por exemplo, a anulação da primeira votação da admissibilidade da denúncia contra outro vereador, Nilson Hachmann. Como o autor da denúncia foi o vereador Josoé Pedralli, ele não poderia ter votado a admissibilidade em plenário. Por isso, a votação foi anulada e convocada a suplente Maria Amália para votar na segunda vez que a matéria foi colocada em pauta.

Caso o presidente da Comissão de Ética acate os três vereadores (Ronaldo, Adelar e Backes) como testemunhas, eles automaticamente estarão impossibilitados de votar o relatório em plenário. E, para essa votação, teriam que ser convocados os três suplentes. Como são todos da mesma coligação, seriam convocados para votar os suplentes Reinar Seyboth, Walmor Mergener e André Soffa. Isso provavelmente mudaria todo o cenário da votação.

A movimentação de Sauer colocou o “jogo” em xeque. Agora é preciso aguardar a movimentação das próximas peças.

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