Prints de conversas por WhatsApp entre o vereador Nilson Hachmann e um funcionário da prefeitura de Marechal Cândido Rondon revelam que o edil cobrava com veemência os empenhos referente a obras realizadas por empresa que ele nega ser de sua propriedade.

Nilson foi preso preventivamente pelo Gaeco na semana passada, juntamente com outras quatro pessoas. Ele é acusado de usar empresas no nome de terceiros (inclusive do próprio filho) para vender serviços à prefeitura. A sua defesa considera a prisão um absurdo, punindo antes que se produza provas e sem oferecer a oportunidade de defesa aos acusados.

Os prints são de conversas de junho e julho de 2018 e mostram uma preocupação bastante zelosa do vereador em cobrar os empenhos das notas, apesar dele sempre negar que seja proprietário das empresas. Num dos trechos ele comenta inclusive que o atraso de um empenho “Quebrou o orçamento”. Em outro, deixa claro que se refere a uma obra de pedras irregulares em São Roque.

Os diálogos também sugerem que a atual administração municipal tinha ciência de que Nilson era mesmo o proprietário da empresa que está no nome do filho e que foi alvo de apontamento de irregularidade feito pelo Tribunal de Contas no final do ano passado. Por conta disso, devem embasar também os trabalhos da CPI das Pedras, em andamento na Câmara Municipal e que apura se houve ou não tráfico de informações, influência ou vantagens concedidas pela Prefeitura a uma das empresas que supostamente seria do vereador Nilson e que atua em obras de pavimentação poliédrica no município.

As conversas foram entregues ao Gaeco e também integram denúncia feita pelo vereador Josoé Pedralli na Câmara Municipal. Confira os prints abaixo:

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