O jovem rondonense Renan Francisco Schroder usou a sua conta no Facebook nesta terça-feira (22) para fazer um emocionante relato do drama e da luta que trava há exato um ano.

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Em 22 de janeiro de 2018 Renan foi vítima de um assalto quando chegava em casa. Acabou baleado e ficou tetraplégico. Ficou mais de 100 dias hospitalizado e hoje continua sua recuperação em casa. Sem conseguir fazer qualquer movimento do pescoço pra baixo, precisa de cuidados permanentes, fala com dificuldade e respira com a ajuda de aparelhos.

Os autores do crime jamais foram presos ou sequer identificados.

Segue abaixo o relato emocionante deste jovem lutador, vítima da violência urbana:

“Hoje 22/01/2019, completa um ano do pior dia da minha vida, o dia que sofri uma tentativa de assalto e levei um tiro, atingindo a coluna C2 e C3, me deixando tetraplégico. Nesse dia, estava tudo perfeito, acordei cedo para trabalhar, foi um dia muito corrido, como era normalmente. As 18:30 acabei meu serviço e fui pedalar com amigos, fizemos um pedal prazeroso, pouco mais de 40 Km. Próximo às 22:00, deixei a bike na bicicletaria onde trabalho e peguei o carro para ir pra casa. Chegando em casa todo feliz, abri o portão e entrei, juntamente comigo entrou mais três homens, para nos assaltar. Para minha sorte, a mãe estava em casa, pois foi ela que me socorreu após a tragédia. Foi tudo muito rápido, um deles entrou em casa e rendeu a minha mãe, outro ficou na cobertura e o terceiro chegou na porta do meu carro, não me deixando descer do automóvel. Após isso, não me recordo de mais nada. Por um milagre de Deus, minha mãe chamou meu pai e ambos me socorreram e me levaram ao hospital, onde o médico de plantão foi muito ágil, me intubou e me salvou. Rapidamente conseguimos uma vaga no hospital policlínica de Cascavel. Após ficar 12 dias na UTI em coma, acordei e percebi que eu não tinha movimentos do pescoço para baixo, uma sensação indescritível. Medo, angústia, raiva, impotência, etc..
Fiquei 105 dias no hospital, Cascavel/Marechal, a maior parte no hospital Rondon, onde fui muito bem atendido e cuidado, depois dessa longa jornada fui para casa, onde estou hoje, com cuidados diários da família e amigos.
Tenho que agradecer muito, primeiramente a Deus por me dar uma segunda chance, a família, aos amigos, as igrejas e a comunidade em geral, que me deram apoio, orações e toda ajuda possível, as quais me motivaram muito. Ainda sigo com muitas dificuldades na fala, devido ao uso da traqueostomia para ligar o respirador, que fica ligado 24 horas por dia, pois ainda não tenho forças no pulmão. Sigo sem nenhum movimento, mas tenho muita fé e esperança que um dia minha hora vai chegar novamente, sei que Deus está me cuidando.
Deixo aqui meus sinceros agradecimentos. Feliz 2019 a todos, grande abraço.
Esta mensagem foi descrita por mim, mas digitada por outra pessoa. Pois sigo sem movimentos do pescoço para baixo.”

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