Alcolumbre puxa o freio
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, mandou avisar que o projeto de redução de penas para os envolvidos no 8 de janeiro não passa do jeito que está. O relator Paulinho da Força tenta uma conversa, mas o senador do Amapá não quer papo. No Planalto, o sinal é de que o clima esfriou e os bolsonaristas já ensaiam nova obstrução, sonhando com anistia total, inclusive para o “chefe”.
CPI do INSS: fogo controlado
A CPI do INSS esquenta os depoimentos, mas o governo Lula respira aliviado: o fogo político ficou restrito às redes bolsonaristas. A ex-conselheira Tônia Galletti jogou no ventilador, disse que alertou dois governos, Lupi e Bolsonaro, sobre fraudes nos descontos de aposentados. Mesmo assim, o Planalto avalia que o desgaste ficou “em casa” e não contamina o presidente. A tropa de choque de Paulo Pimenta e Gleisi Hoffmann conseguiu blindar até o Frei Chico, irmão de Lula.
Fake news e freio judicial
Por falar em Frei Chico, a Justiça paulista mandou Google, Facebook e Kwai retirarem vídeos falsos sobre o irmão do presidente. Até o filho dele entrou na mira das mentiras virtuais. Multa de R$ 1 mil por dia para quem insistir na brincadeira.
Fux revisa a vírgula
No STF, o ministro Luiz Fux pediu o voto de volta para revisar, pasme, questões gramaticais. O detalhe virou piada entre colegas: enquanto Bolsonaro tenta recorrer da condenação de 27 anos por tentativa de golpe, o ex-presidente ainda depende das vírgulas de Fux para começar o prazo.
Messias e Mendonça: fé em dobro
A sucessão no Supremo também anda em tom religioso. O AGU Jorge Messias é o favorito de Lula e vem conquistando o público evangélico. O ministro André Mendonça foi escalado para articular com os senadores conservadores. É evangélico ajudando evangélico, a nova prece de Brasília.
Zambelli em jejum
Na Itália, Carla Zambelli segue presa, agora em greve de fome. A Justiça negou mais um pedido de liberdade, e aliados planejam protestos em Roma no Dia de Finados. Até Damares e Magno Malta assinaram uma petição à Corte Interamericana. A novela promete novos capítulos e pouca solidariedade do Itamaraty.
Doria prega o centro
João Doria voltou a falar e, como sempre, de si mesmo. Disse que o Brasil precisa de um “pacificador” e que apoiaria um nome de centro, citando os governadores Ratinho Junior, Tarcísio e Zema. E jurou que não pretende voltar à política… por enquanto.
Moro afugenta prefeitos
A pré-candidatura de Sérgio Moro ao governo do Paraná fez metade dos prefeitos do PP debandar. Dos 61 eleitos no ano passado, 30 já fizeram as malas e a tendência é de que pelo menos outros 15 também saiam. Uns para o PSD, outros sem rumo. No União Brasil a história não é diferente. Dos 30 prefeitos que se elegerem em 2024, 20 estão dizendo nos bastidores que deverão deixar a sigla. O grupo de Ratinho Junior agradece.
Royalties indígenas
Enquanto isso, as comunidades Avá-Guarani do Oeste do Paraná abriram ação no STF cobrando R$ 79 bilhões da Itaipu. Querem parte dos royalties da usina, baseadas em decisão que favoreceu os povos de Belo Monte. A conta é bilionária e pode virar novo desafio diplomático com o Paraguai.
Letícia no TJ
E, sem surpresas, o governador Ratinho Junior nomeou Letícia Ferreira da Silva como nova desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná. A ex-procuradora-geral do Estado era favorita desde o início e teve o apoio direto do governador. Nos bastidores, dizem que ela “fez barba, cabelo e bigode”.
Propaganda igualitária
Ainda no Iguaçu, Ratinho convocou Curi, Guto, Greca e Piana para os comerciais do PSD. Todos com o mesmo tempo e o mesmo texto. Igualdade na tela, desigualdade nos bastidores: o favoritismo segue entre Guto e Curi.
Colégios cívico-militares em expansão
A Assembleia Legislativa do Paraná iniciou a análise do projeto que amplia o programa cívico-militar. O governo quer incluir escolas de tempo integral e preservar os direitos dos professores. O texto deve ser votado nesta terça.
Michele Bolsonaro no Paraná
A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro desembarca em Londrina no início de novembro para evento político feminino. E quem comemora é o deputado federal Filipe Barros, que tenta retomar protagonismo e sonha com o Senado em 2026.
Ratinho e o “fico”
Nos bastidores, há quem diga que Ratinho cogita permanecer no governo e não disputar eleição alguma em 2026. Mas ninguém acredita muito. Lembram que quem ficou demais, como Álvaro Dias, lá atrás, acabou esquecido. Ratinho, ao contrário, ainda sonha alto: quer ser o primeiro presidente do Paraná.
