No ano passado, o Blog do Jadir revelou que o então candidato a vereador Mário Justino, o Mirandinha, era o campeão da bolada do Fundão Eleitoral em Marechal Cândido Rondon, recebendo R$ 22 mil — a maior fatia do recurso público para a disputa de 2024 até aquele momento. A verba, segundo a legislação, tinha destino específico: candidaturas de pessoas negras.

O Podemos foi acusado de não passar o dinheiro para o candidato.

O caso foi parar nas mãos do juiz Clairton Mario Spinassi, que nesta semana decidiu arquivar a representação movida pelo então candidato a prefeito Adriano Backes. Segundo a sentença, mesmo que houvesse alguma irregularidade na destinação da verba racial, a responsabilidade pela fiscalização seria do Tribunal Superior Eleitoral, com base na prestação de contas do diretório nacional do partido — não da esfera local. Além disso, o magistrado apontou que as contas de campanha de Mirandinha foram aprovadas sem qualquer impugnação.

Ou seja, a bolada foi parar na conta do candidato. Como foi usada — ou se foi —, não compete ao juiz de Marechal Cândido Rondon investigar. O caso foi encerrado sem análise de mérito.

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