Dizem que quem procura, acha. Mas no caso do ex-prefeito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber (União Brasil), o que ele tem encontrado, segundo fontes da capital, são portas fechadas, desculpas esfarrapadas e olhares desviados pelos corredores do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa.

Há cerca de três dias, Marcio estaria batendo de porta em porta em Curitiba, na tentativa de emplacar um cargo no governo estadual. A meta seria simples: garantir alguma visibilidade e sustentação para um projeto político que ainda insiste em se manter de pé — uma candidatura a deputado em 2026, quem sabe. Mas a missão tem sido mais difícil que convencer rondonense a pagar o IPTU sem chiar.

Acompanhado pelo veterano Elio Rusch, que o conduz como um guia turístico pelos labirintos da burocracia curitibana, Marcio tem peregrinado por gabinetes, secretarias e corredores — mas, segundo nossas fontes, tem encontrado mais “volto depois” do que oportunidades concretas. Há quem diga que alguns até se escondem, alegam viagens fictícias ou reuniões fantasmas só para não ter que atendê-lo.

Com o governador Ratinho Jr nos Estados Unidos, os cargos de segundo e terceiro escalão estão evaporando como neblina ao sol. O bonde do governo está passando, e restam, talvez, as poltronas do fundão: prêmios de consolação, tapinhas nas costas e promessas de “vamos manter contato”.

A sensação é de que Marcio chegou atrasado à festa. As cadeiras estão quase todas ocupadas, os donos do pedaço já se ajeitaram e quem ficou do lado de fora agora tem que esperar alguém sair — ou aceitar que não foi convidado.

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