A sessão da Câmara de Marechal Cândido Rondon desta segunda-feira (24) já teve agito antes mesmo de começar. Por isso deixei este relato por último entre tantos que postei hoje no Blog. Algo que quase passou despercebido nos bastidores.
Entre uma prosa e outra, enquanto o público aguardava os trabalhos começarem, um detalhe chamou a atenção de quem tem olhar mais aguçado: o suplente Policial Fábio (PL) estava… armado.
Sim, armado. Nada de discurso refinado ou fala cortante — era arma de verdade. Até é normal agentes de segurança portarem arma mesmo quando estão à paisana e em locais públicos.
Mas, o que o suplente não sabia ou talvez tenha feito de conta que não sabia é que o regimento da Casa não permite esse tipo de “instrumento de trabalho” no plenário.
O artigo 250 é taxativo: “É proibido o porte de arma no recinto do Plenário.” E vai além: “Compete à Mesa cumprir as determinações deste Regimento, em especial esse artigo, mandando desarmar e prender quem as transgredir”. Traduzindo: o sujeito pode sair da sessão direto pra uma fria — e não é a gelada do bar.
Ação discreta
Um servidor da Câmara foi designado para resolver o problema. Com a descrição de um agente secreto, foi incumbido de avisar o suplente desavisado. O policial entendeu a situação, se retirou, desarmou-se e voltou, acompanhando a sessão até o seu final. Ficou até por mais tempo que o vereador Juca.
Bancada da bala
Curiosamente, a Câmara já conta com dois vereadores da reserva da PM: Coronel Welyngton e Sargento Spohr. Ou seja, a bancada da bala por aqui já tem representantes. O suplente Policial Fábio, por sua vez, segue na mira de uma vaga titular no Legislativo, disputando na Justiça a cadeira de Fernando Nègre.
Mas fica a dica, Fábio: pra entrar na bancada da bala, não precisa levar o nome ao pé da letra. O revólver pode (e deve) ficar em casa. Autenticidade demais, nesse caso, é tiro no pé.