Um passarinho apareceu sussurrando por aqui que a Itaipu Binacional está perdendo a paciência com a lentidão de algumas prefeituras na tramitação de projetos e convênios. E Marechal Cândido Rondon parece estar na lista dos que estão testando a paciência da usina.
O motivo? O projeto do Teatro Municipal, que ainda não foi finalizado, para que o convênio com a Itaipu possa sair do papel. Detalhe: o anúncio do investimento de R$ 5 milhões foi feito em junho de 2024. Já passaram-se nove meses depois e… nada.
Só que a história do teatro vai muito além desse convênio. A obra começou no início da gestão do então prefeito Moacir Froehlich. Depois, atravessou os oito anos do governo de Marcio Rauber e, agora, entra na terceira administração consecutiva, de Adriano Backes, sem ser concluída . Ou seja, já são mais de 15 anos de novela e sem previsão de desfecho.
É verdade que a gestão atual mal esquentou a cadeira, mas a anterior teve pelo menos seis meses para fazer o projeto e a atual mais três para fazer esse bebê nascer. Com tanta demora, logo alguém pode achar que nem se trata de filho de gente, e sim de uma Salamandra Alpina – aquele anfíbio que leva até 38 meses para concluir a gestação.
Se a prefeitura não agir logo, não será surpresa alguma se a Itaipu desistir de colocar a grana ou destiná-la a outro município. E aí? Teremos um teatro ou apenas mais uma lenda rondonense?