Na sessão da Câmara de Marechal Cândido Rondon desta segunda-feira (11) o vereador Iloir de Lima, o Padeiro (PL), apresentou um requerimento contra a obrigatoriedade de vacinação de crianças contra a Covid-19. O requerimento questiona a segurança e eficácia do imunizante, defendendo a liberdade das famílias em escolherem se vacinar ou não seus filhos.
O que o vereador parece ignorar é que, diferentemente do fermento que ele tão bem conhece, uma ideia falsa como esta não “cresce” em uma base sólida. A vacinação é uma medida de saúde pública amplamente comprovada e regulamentada por entidades como a OMS e o Ministério da Saúde, instituições que há décadas dedicam recursos e estudos para proteger a sociedade de doenças. Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o discurso antivacina, além de se apoiar em falácias, tem impactado qualidades na vacinação de outras doenças, ampliando riscos necessários para a população infantil.
A postura antivacina, na realidade, não é nova. Movimentos contrários à vacinação existem desde o século XIX, quando a primeira liga antivacina foi formada no Reino Unido contra a imunização obrigatória contra a varíola. No Brasil, um marco desse comportamento foi a Revolta da Vacina, em 1904, no Rio de Janeiro, em que parte da população se opôs violentamente à vacinação obrigatória, influenciada pelo desconhecimento e pelo temor dos efeitos da vacina. Hoje, as redes sociais amplificam rapidamente essas narrativas infundadas, criando um ambiente fértil para o crescimento de teorias que ignoram os avanços e o compromisso da ciência com a segurança das vacinas.
A argumentação do vereador, ainda que revestida de um verniz de “liberdade”, ignora o risco coletivo. Quando Padeiro questiona a eficácia das vacinas, sem se basear em dados científicos sólidos, ele fermenta um discurso perigoso.
As vacinas foram desenvolvidas a partir de décadas de pesquisa e com investimentos massivos, o que possibilitou seu desenvolvimento em tempo recorde durante a pandemia. A vacina contra a Covid-19, assim como outras imunizações do Programa Nacional de Imunizações, tem demonstrado eficácia não só na redução de hospitalizações, mas também na prevenção de complicações graves em crianças.
É preocupante que representantes eleitos, como o vereador, assumam posições contrárias ao consenso científico. A liberdade de escolha que ele evoca ignora que, em questões de saúde pública, as decisões individuais podem comprometer a segurança coletiva.
Padeiro, assim como qualquer cidadão, é livre para defender suas ideias, mas, ao representar a população, ele tem o dever de basear suas ações em informações verificadas. Neste caso, é como se ele estivesse fermentando uma massa que cresce sem limites, deixando para trás uma mensagem que não leva em conta o bem comum.
A sociedade já pagou caro no passado pela baixa adesão a programas de imunização, e promover a vacinação infantil é um compromisso com o futuro, um cuidado essencial para evitar o retorno de doenças antes controladas.
Vacinas salvam vidas!
O que entendi, o Padeiro está falando, específicamente, sobre a vacina da COVID e não das outras…. A vacina da COVID foi feita a toque de caixa e não ouve pesquisa de décadas como o Sr. Comentou. Inclusive a Pfizer está fazendo estudos agora e detectou que a vacina dela pode estar causado alguns tipos de embolia.
Está mais do que certo, parabéns pelo seu posicionamento Padeiro!! Se é tão bom, tão eficaz, pra que obrigar?? Deixe que cada família decida se quer ou não!!
E quem é a favor, pesquise mais a fundo não de somente um Google, tem estudos e muitos mostrando que não é algo benéfico.
Parabéns ao Vereador, Sr. Iloir de Lima (Padeiro), pois somente quem tomou esse experimento genético, como foi meu caso, que infelizmente acabei tomando uma dose da pfizer, estou com problemas sérios inflamatórios, vez que essa tal “proteína spike” fica no sangue e jamais sairá, mesmo sendo uma única dose. Por isso sou totalmente favorável a não obrigatoriedade deste experimento, que como bem disse o Dr. Janival Della Giustina, nada tem a ver com nossas antigas e maravilhosas vacinas. Portanto, quem é a favor da obrigatoriedade, que tome todas as doses que quiserem anualmente e dê também aos seus filhos, sem dar pitaco no direito de escolha de outros pais.