Foi um investimento de quase R$ 800 mil em recursos públicos e a promessa de avanços no atendimento à saúde no distrito de São Roque. Mas, o que se percebe é que o novo posto de saúde do distrito foi uma obra entregue às pressas e, ousaria dizer, inacabada.

Claro que a obra física foi concluída, mas um posto de saúde sem médico e dentista é o mesmo que nada. Apesar dos casos alarmantes de dengue em toda a região, o Blog recebeu a informação de que a unidade inaugurada na sexta-feira passada só vai contar com serviço de profissional médico a partir da próxima quinta-feira (11). Contudo, o prefeito Marcio Rauber garantiu que há médico desde ontem (8).

Mas, não é só isso. O dentista também não consegue trabalhar por conta de uma falha na infraestrutura: esqueceram de deixar a tubulação para a instalação de equipamentos odontológicos. Ou seja, agora precisam quebrar o que acabou de ser construído para poder instalar a cadeira do dentista.

É planejamento que fala?

Pressa é inimiga da perfeição

Inaugurada na mesma manhã em que a secretária Marciane Specht foi exonerada, visando sua candidatura a vereadora nas eleições de outubro, a nova unidade de saúde carrega consigo uma herança de desafios para o novo gestor da pasta.

O ditado popular de que a “pressa é inimiga da perfeição” se aplica muito bem ao caso. A pressa pode levar a atalhos, negligência e falta de revisão, o que, por sua vez, resulta em falhas que poderiam ter sido evitadas com um planejamento mais cuidadoso e um ritmo de trabalho mais medido.

A pressa em concluir e inaugurar o projeto antes da saída da secretária parece ter sido a principal causa dos problemas encontrados, indicando que a urgência em marcar a gestão na Saúde com novas inaugurações pode ter comprometido a qualidade e eficácia das obras entregues. Lembrando que no dia anterior, ou seja, na quinta passada, também foram os projetos de reforma e ampliação do CIS, além de uma unidade de coleta de sangue.

Baldes para o ar-condicionado

Os problemas no posto de saúde de São Roque não são um caso isolado. Chegou ao conhecimento do Blog que em outras unidades, como as do Líder e Boa Vista, também há problemas estruturais que comprometem a prestação de serviços essenciais à comunidade.

Nestes locais, os sistemas de ar-condicionado vazam incessantemente, aparentemente por problemas na tubulação dos aparelhos. Isso cria a necessidade de soluções improvisadas, como o uso de baldes para conter a água.

Segundo relatos, os problemas foram comunicados à Secretaria de Saúde há muito tempo, mas até o momento, as respostas e soluções são insuficientes.

 

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