O discurso geralmente carregado de moralismo e muitas vezes incoerente do vereador Juca (Podemos) já lhe rendeu a alcunha de “Pequeno DallAgnol” de Marechal Cândido Rondon, especialmente em grupos ligados à esquerda, onde o ex-procurador da Lava Jato não é muito “querido”. Marcio Rauber que se cuide quando ele resolver fazer um PowerPoint.
Juca costumeiramente adota o “modus operandi” de DallAgnol e solta algumas pérolas que, podem até agregar alguns apoios, mas também geram descontentamentos e, por vezes, revolta de adversários e aliados.
Foi assim quando declarou ser contra o uso do fundo partidário, questionou a moralidade do uso de diárias, fez um discurso contra a indicação de Flavio Dino ao STF e, mais recentemente, um vídeo falando de fidelidade, no dia em que ele mesmo troca de partido.
Os seus adversários e, talvez, até alguns aliados, não o pouparão no período eleitoral e as incoerências certamente serão resgatadas. Aliás, uma delas já está circulando em alguns grupos de WhasApp.
Trata-se de um vídeo antigo do “Pequeno DallAgnol”, da campanha de 2020 e que ele deve ter esquecido de apagar. Juca condena a profissionalização da política e adota um discurso contrário à reeleição. Na oportunidade, sustentou a teoria de que a atuação política deve ser transitória, com os eleitos exercendo suas funções por um período determinado e, em seguida, retornando às suas atividades profissionais. Mas, na prática não é bem isso que se observa hoje.
Veja o vídeo:
Experiência x carreira
O discurso de Juca, prestes a ser quebrado na próxima campanha com nova candidatura, convida ao questionamento sobre o equilíbrio entre a experiência e a renovação na política. Será que é tão ruim que alguém siga carreira na política?
Enquanto a experiência de mandatos anteriores pode ser valiosa (Pedro Rauber que o diga), a essência da crítica de Juca à “política como profissão” sugere uma reflexão mais profunda sobre como os políticos equilibram suas carreiras e o serviço público de forma a não contradizerem seus próprios princípios.
Diante desta reflexão, agora sou eu que pergunto:
“Que tipo de político ou representante vocês querem eleger?”