Por muitas eleições, há praticamente três décadas, muito se fala que Marechal Cândido Rondon precisava alavancar uma mulher para um dos postos mais altos da política local.
Nomes como o de Odete Bedin (in memorian), Venilda Saatkamp, Eliete Wasem, Ursula Kaiser (in memorian), Ana Carolina Seyboth, entre outras, muitas vezes foram ventilados ao longo das várias campanhas que se passaram. Mas, nunca o nome de uma mulher prosperou à majoritária.

Agora, na pré-campanha em andamento, três mulheres despontam com nomes relevantes no cenário político local, sendo duas na situação e uma na oposição.

Oposição

A única a colocar o nome à disposição foi a ex-primeira-dama Maria Cleonice Froehlich (MDB). Ela marcou sua passagem de 8 anos na Secretaria de Ação Social e até hoje é lembrada com saudade nos clubes de mães, associações de moradores e clubes de idosos Marechal afora.

Pleiteia, obviamente, a condição de vice na chapa que deve ser encabeçada pelo vereador Arion Nasihgil.

Situação

Na situação, embora de forma mais tímida, mas não menos envolvente, duas mulheres se destacam e podem brigar por um posto na chapa majoritária. Respaldo não lhes falta.

Uma é a secretária de Saúde, Marciane Specht, debutante na política, mas que roubou os holofotes durante a pandemia da Covid-19. Marcio Rauber, ao contrário de Bolsonaro, que mandou o seu ministro da Saúde, Henrique Mandetta, pra rua, manteve e confiou na sua secretária na administração da crise. Isso projetou Marciane e a colocou na condição de pré-candidata a vereadora com largo potencial. Mas, há quem diga que ela tem perfil para mais.

A mais bolsonarista

Antagonicamente, outra liderança incontestável que surgiu na pandemia, foi a ativista de direita Tânia Maion. Vestindo verde amarelo ela saiu às ruas e buscou liderar movimentos para contrapor justamente as ações tomadas pela Secretaria de Saúde, pelo COE e, consequentemente, pelo prefeito. Foi contra lockdown, bateu boca com o prefeito, agitou e foi até detida pela PM numa manifestação.

Quando Lula venceu as eleições em 2022, novamente foi pra rua para protestar contra o resultado das urnas e se legitimar como líder maior do bolsonarismo rondonense.

Agora, pré-candidata à vereadora, Maion está do mesmo lado que o prefeito e a secretária de Saúde, ironicamente contra o candidato do partido de Bolsonaro. E, bem por isso, pode alçar a condição de pré-candidata à majoritária pelo grupo de situação.

Talvez ninguém, nem ela, tenha pensado nisso. Mas, poderia ser um antídoto perfeito à candidatura direitista de Arion, abraçado com Bolsonaro.

Será que faria mais votos que Backes, Sauer ou Tadeu? E se fosse pra ser vice do Gordinho do Suco?

2 Replies to “Maria Cleonice, Marciane Specht ou Tânia Maion. Chegou a vez de uma mulher?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *