À medida que os dias passam e o Natal se aproxima, a cidade de Marechal Cândido Rondon vive uma situação peculiar: a contagem regressiva para a tão aguardada decoração natalina. 

Uma pessoa ligada ao governo municipal me questionou por não ter levantado os valores dos outros municípios citados no artigo de ontem (5), que inauguraram bem mais cedo sua decoração. Pois bem, fui atrás daquele que mais cedo começou: Toledo.

E hoje lanço um olhar sobre o custo diário da espera do comércio rondonense e da população local pela nossa decoração natalina.

Não vou considerar os R$ 160 mil gastos para a aquisição de materiais natalinos, para atender a demanda das secretarias e do SAAE. Estes imagino que já estejam instalados, a julgar pela bela mesa do prefeito.

Comparativo de custos: Toledo x Marechal

Diferentemente de Toledo, que já está em clima festivo desde o dia 10 de novembro, Marechal segue em uma expectativa crescente – e custosa. 

Enquanto Toledo investiu R$ 2.002.297,07 para iluminar suas ruas 45 dias antes de Natal, Marechal Cândido Rondon, com um contrato de R$ 896.950,00, ainda espera pela instalação de sua decoração. Curiosamente, a matemática natalina de Marechal parece ter um ‘custo adicional’ pela demora. 

A matemática da espera

Fazendo as contas, hoje (6), cada dia sem decoração em Marechal já custa ao município aproximadamente R$ 47.207,89 (baseando-se no contrato total dividido pelos 19 dias que nos separam do Natal). Em Toledo, cada dia de decoração saiu por R$ 44.494,38 (dividindo o total pelo período de 45 dias). 

O prefeito Marcio Rauber, quando questionado sobre a decoração natalina pelos vereadores, escreveu: “…a municipalidade entende que quanto mais tempo a decoração ficar instalada, maior o seu custo”.

A pergunta é: Marechal está realmente economizando?

O impacto econômico do atraso

Já escrevi ontem. A ausência de decoração não é apenas um vazio estético, mas representa uma perda econômica tangível. Com o comércio local dependendo do ambiente festivo para atrair clientes, cada dia sem as luzes e os enfeites têm seu preço.

E quanta gente daqui que neste período às escuras não seguiu pra Toledo, ou para Pato Bragado ou para qualquer outro município da região e por lá acabou fazendo suas compras?

A ironia da situação

Ironia à parte, parece que a única ‘luz’ em Marechal realmente continua sendo a da mesa do prefeito, que segue inerte à situação. Enquanto isso, a cidade aguarda, contando os dias e os reais, pela sua parcela de brilho natalino. Enquanto o relógio corre, os custos aumentam.

Será que este ano de Natal chegará a tempo, ou será celebrado sob a sombra da economia invertida?

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