Ele já foi e talvez ainda seja, em número de filiados, o maior partido político de Marechal Cândido Rondon. Mas, o MDB local passa por um momento de provação, mesmo tendo em suas fileiras o mais provável pré-candidato a prefeito da oposição, o ex-prefeito Moacir Froehlich.

A derrocada do partido começou com a saída do então deputado estadual Ademir Bier, que há dois anos migrou para o PSD. Essa posição fez com que a base local, na sua maioria, apoiasse a candidatura de Ratinho Jr para o Governo do Estado, contrariando a candidatura própria do partido, de João Arruda.

Aliás, o apoio que Arruda obteve no município foi do vereador Neco Kist, que, apesar de ainda filiado, também se afastou o MDB local e, na janela de março, deve seguir para o DEM.

Não bastasse isso, o vereador Arion Nasihgil dá sinais de que pode sair do partido. O pai, Dr. Oscar, já está no PP há muitos anos. Recentemente também foi para o PP o seu assessor, Maxion Souza. Tudo indica que este também deverá ser o caminho de Arion.

Indo além. A atual primeira suplente do partido na Câmara, Maria Amália, que somou 541 votos na eleição passada, vem declarando que não pretende ser candidata no pleito de 2020, assim como outras lideranças que já foram candidatas, mas que hoje estão desmotivadas ou vislumbrando outras siglas.

Há de se considerar ainda que o próprio ex-deputado Ademir Bier deve tentar atrair alguns pré-candidatos emedebistas para fortalecer a legenda do PSD na eleição vindoura. E outros mais devem migrar, se não de lado político, para outras siglas que compõe o grupo de oposição, como o PP e o PDT.

Fica quem? A princípio, o próprio presidente do partido, vereador Josoé Pedralli (foto). Este, inclusive, deve estar fazendo as contas do coeficiente eleitoral para eleger um vereador no próximo pleito, uma vez que este ano não será permitida a coligação na proporcional. Vai ter que correr atrás de candidatos bons de voto para reforçar a legenda. Certamente contará com o apoio e a liderança do ex-prefeito Moacir para lhe auxiliar nessa missão.

Mesmo que esta seja uma análise inicial, não é tão prematuro perceber que o MDB corre certo risco de ficar sem legenda, ou melhor, sem quociente eleitoral para vereador em 2020. O quociente se calcula pelo total de votos válidos divididos pelo número de vagas em disputa. A considerar a eleição de 2018, foram cerca de 30 mil votos válidos no município, o que corresponde a um quociente de aproximadamente 2.300 votos para garantir uma vaga de vereador por partido.

Na eleição de 2016 os 14 candidatos do MDB somaram juntos 5.066 votos, o que garantiu a eleição de Pedralli (871 votos), Arion (868) e Neco (624).

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