Uma pesquisa do Ibope mostra que o Palácio do Planalto não goza do apoio da maioria da população no decreto das armas: 61% dos entrevistados são contra afrouxar as regras de posse e 73%, as de porte de armas. A rejeição é maior em áreas da periferia do país e entre mulheres.
De acordo com o levantamento, apenas 37% dos entrevistados se disseram favoráveis à flexibilização da posse de arma de fogo. O afrouxamento das regras só é apoiado, em maioria, no estrato dos que ganham mais de cinco salários-mínimos (53%). Na região Sul, a mais aderente ao decreto das armas , há empate técnico (48% a favor e 51%, contra). Enquanto isso, sete em cada dez pessoas ouvidas nas periferias brasileiras discordaram da flexibilização.
Nos cinco meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro editou três decretos para flexibilizar a posse e o porte de armas no Brasil, uma de suas principais promessas de campanha.
A pesquisa sobre o decreto das armas foi realizada entre 16 e 19 de março, com 2002 entrevistados em 143 municípios, mas divulgada somente agora. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais, para mais e para menos. O nível de confiança é de 95%, segundo o Ibope. O levantamento foi realizado por iniciativa própria do instituto.