Os últimos episódios que ocorreram em Marechal Cândido Rondon são prova inconteste de que os interesses políticos continuam acima do interesse da coletividade. Os convites feitos para os vereadores Adriano Backes e Ronaldo Pohl tornarem-se secretários da prefeitura teve viés explicitamente político e com a nítida motivação de garantir novamente ao prefeito Marcio Rauber a maioria na Câmara Municipal.

Isto foi abordado pelo vereador Josoé Pedralli no seu pronunciamento de ontem (24) da tribuna da Câmara. Depois que Backes e Pohl discursaram agradecendo os convites do prefeito, Pedralli jogou um balde de água fria, afirmando que os convites não foram motivados pela competência profissional dos dois, mas uma manobra política para tentar salvar companheiros do grupo de situação, referindo-se aos vereadores Nilson e Neco, que respondem por processos disciplinares no Legislativo.

Ao todo, estão em andamento na Câmara três processos disciplinares contra vereadores e duas CPIs que podem atingir o governo municipal. Uma das CPIs curiosamente é presidida por um dos convidados pelo governo, Adriano Backes.

A manobra política para tentar reverter o placar de votos no Poder Legislativo chegou a levar o prefeito a quebrar uma de suas promessas de campanha mais contundentes, de que não chamaria nenhum vereador para ser secretário. Essa mesma promessa que quase levou um secretário seu, Reinar Seyboth, a renunciar à condição de primeiro suplente do DEM há algumas semanas.

A estratégia não deu certo. Os dois recusaram o convite. E, segundo consta, outras pessoas que não possuem mandato também recusaram convites para compor o secretariado municipal nesta reta final.

Confira trecho do pronunciamento do vereador Pedralli na Câmara, nesta segunda.

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