Nove pessoas que já atuaram como funcionários do presidente Jair Bolsonaro durante seus mandatos como deputado federal estão entre os alvos de quebra de sigilo bancário e fiscal na investigação do Ministério Público do Rio envolvendo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. Há também cinco assessores atuais de Flávio que são alvos do pedido de afastamento de sigilo autorizado, no último dia 24, pela Justiça do Rio.
A investigação foi aberta para apurar indícios da prática de “rachadinha”, ou seja, a devolução de parte do salário pago a assessores no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou movimentações atípicas nas contas de Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, em relatório que veio a público no fim de 2018. Ao solicitar as quebras de sigilos bancário e fiscal de 95 alvos, o MP apontou indícios da existência de uma “organização criminosa” desde 2007 no gabinete de Flávio.