Crises políticas costumam radicalizar posições extremas entre amigos, familiares e conhecidos, tanto nas redes sociais quanto no convívio direto. Demonstrações de ódio e intolerância sempre crescem nos períodos de maior fervor político.

Se em nível nacional isso acontece, na política local não é diferente. E a política de Marechal Cândido Rondon vive um destes momentos tensos, que emergiu a partir da eleição da nova mesa da Câmara, ainda no final do ano passado e o consequente aumento das críticas à administração municipal.

Para nossa sorte e alegria, junto com a crise política, vem também uma enxurrada de conteúdos humorísticos, alguns da melhor qualidade. Faz lembrar os bons tempos do saudoso “Casseta & Planeta” ou do inusitado personagem Odorico Paraguaçu do seriado “Bem Amado”.

As vezes a criatividade não se limita aos memes amadores que costumamos receber dos nossos amigos. E foi justamente um destes, muito criativo, que circula intensamente nesta terça-feira (9), que me inspirou a escrever este post, até para enaltecer o seu autor, mesmo que este permaneça no absoluto anonimato.

É uma paródia da vinheta do programa Big Brother que ironiza e debocha do momento político, especificamente da situação envolvendo vereadores, uma vez que ontem a Câmara aprovou a admissibilidade de processos disciplinares que colocam três edis no “paredão”, com risco inclusive de serem cassados. O meme ainda faz uma alusão inteligente ao Rivotril, um medicamento de forte efeito usado no tratamento de ansiedade.

E a paródia viralizou. Eu mesmo recebi em praticamente todos os grupos de WhatsApp de participo, inclusive fora de Marechal Cândido Rondon.

Ao contrário daquele humor que por vezes chega com mensagens partidárias e ideológicas, esta paródia é altamente democrática na gozação e não poupa nenhuma das “bandas” envolvidas no espírito de “guerrilha” pelo qual passa atualmente o Poder Legislativo rondonense.

E o resultado é aquele que só o humor proporciona: nos deixa sem facção, nos desnuda de preferências e nos faz rir da sina que nos entorna.

Que os personagens da paródia consigam entender a sua lição, pois é na graça que nos aproximamos do outro, que é ou pensa diferente de nós, e criamos uma ponte para o entendimento.

Que o humor nos purifique e nos salve!

Com informações do artigo de Silvio Genesini, da revista Exame.

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