Diferentemente do que informa um gráfico (imagem) que circula no WhatsApp e nas redes sociais, o valor orçado para gastos em publicidade da União para 2019 não é de R$ 150 milhões, e sim de R$ 478,7 milhões. A verba autorizada deste ano tem R$ 30 milhões a mais do que a do anterior, quando foram previstos gastos de R$ 448,3 milhões.

A questão foi analisada pelo Estadão, que apresenta os números reais.

O boato diz que o suposto corte na verba de publicidade seria motivação para “ataques” da imprensa contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL). A conclusão não faz sentido, uma vez que o orçamento para este ano foi aprovado pelo Congresso em dezembro de 2018. Em 16 de janeiro, o presidente sancionou a lei orçamentária anual de 2019, com apenas dois vetos. Nenhum deles diz respeito a verbas de publicidade.

Para uma análise mais correta, valeria colocar lado a lado apenas o gasto com publicidade no primeiro ano de cada governo. Nesse caso, segundo dados do portal SIGA Brasil, do Senado Federal, a ordem de gastos mais elevados seria: Dilma (R$ 712,5 milhões, 2011); Bolsonaro (R$ 478,7 milhões, 2019) e Lula (R$ 309,7 milhões, 2003). Temer (R$ 447,7 milhões, 2016) não entraria na lista pois assumiu a presidência no meio do ano; não há dados disponíveis na base do Senado sobre o primeiro ano de FHC.

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