A renúncia de Carla Zambelli (PL-SP) ao mandato de deputada federal foi comunicada neste domingo (14) pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). No mesmo ato, Motta determinou a convocação do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga.

O movimento não surgiu por acaso. Nos bastidores, a avaliação é de que a renúncia funcionou como uma saída política para evitar que o presidente da Câmara tivesse de oficializar a cassação do mandato, abrindo mais um flanco de confronto direto entre o Legislativo e o Supremo Tribunal Federal.

Segundo aliados, Motta conversou com familiares de Zambelli, lideranças do PL e advogados da parlamentar nos últimos dias. O objetivo era encontrar uma alternativa que reduzisse o desgaste institucional, após o ministro Alexandre de Moraes anular a votação da Câmara que havia preservado o mandato da deputada.

Condenação e extradição

Carla Zambelli foi condenada pelo STF por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em ação que envolveu também o hacker Walter Delgatti. A PGR apontou que os ataques tiveram como objetivo desacreditar o Judiciário e estimular atos antidemocráticos.

Atualmente presa na Itália, Zambelli é alvo de um processo de extradição para cumprimento da pena no Brasil.

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