O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná decidiu remarcar para fevereiro de 2026 as oitivas de testemunhas em três processos envolvendo o deputado Renato Freitas (PT). As audiências ocorrerão após o recesso parlamentar.
A defesa alegou que o deputado não foi devidamente notificado, pois estava afastado por motivo de saúde. O presidente do colegiado, Delegado Jacovós (PL), informou que o gabinete foi notificado três vezes, mas concordou com o adiamento para garantir contraditório e ampla defesa.
Três processos em andamento
As ações tratam de participação em manifestação dentro de um supermercado, de suposta ofensa a um funcionário da Assembleia e de envolvimento em uma briga física no centro de Curitiba.
No caso do supermercado, o corregedor Artagão Júnior (PSD) sugeriu ouvir a gerente e o caixa que estavam de serviço. Cinco testemunhas indicadas pela defesa já estão na lista.
Novas representações
Jacovós também designou a deputada Secretária Marcia (PSD) como relatora de duas novas representações: uma pede cassação por declarações sobre uso de maconha em entrevista; a outra questiona discursos feitos na tribuna. Ela substitui Marcio Pacheco (PP) em um dos casos, devido à carga de trabalho do processo sobre a briga.
O colegiado ainda deu sequência a denúncias sobre supostos gestos durante sessão e publicações em redes sociais. Os relatores são Dr. Leônidas (CDN) e Secretária Marcia.
Freitas alega armação
Na sessão desta terça (9), Renato Freitas voltou à tribuna para comentar a troca de socos com um manobrista. Disse que o episódio teria sido “armado” por adversários, mas não apresentou provas. Ele admitiu erro ao reagir fisicamente. O conjunto de ocorrências já soma quase dez representações no Conselho.
O relator dos processos é o deputado Márcio Pacheco. A análise deve considerar vídeos das câmeras de segurança. Nos bastidores, avalia-se que o caso será decisivo para o futuro do mandato.
