A vereadora Tania Maion literalmente “viajou” no pronunciamento que fez na sessão desta segunda-feira (08). Criou, ao vivo, uma regra que não existe em canto nenhum da Lei Orgânica nem da Constituição.
Segundo ela, como o prefeito Adriano Backes e o vice Vanderlei Sauer viajaram juntos para Curitiba na semana passada, o município teria ficado “sem comando” e alguém deveria assumir imediatamente o Executivo.
A fala foi tão segura que quase convenceu. Quase.
A legislação é objetiva: a Câmara só precisa autorizar afastamento quando prefeito ou vice deixam o País por mais de 15 dias. Dentro do Brasil, viajando para agendas oficiais, o prefeito continua prefeito. O vice continua vice. E tudo funciona normalmente. Exceto na crônica de fantasia que a vereadora resolveu estrear em plenário.
Se a “viagem” jurídica de Tania tivesse algum respaldo, Marechal Cândido Rondon teria vivido um fato histórico. Pela lógica dela, quem assumiria o comando do Executivo seria o vereador Coronel Welyngton, 1º secretário da Câmara.
A matemática é simples: prefeito e vice fora; presidente da Câmara, Valdirzinho Sachser, afastado por motivo de saúde; vice-presidente, Gordinho do Suco, também viajando.
Resultado? Coronel prefeito.
E, convenhamos, a interpretação da vereadora só se sustenta mesmo no universo paralelo que ela construiu, algo entre o plenário e Nárnia.
Se o roteiro dela avançasse mais um pouco, talvez o Coronel poderia até dar o golpe e assumir em definitivo. Será que ela imaginou isso também? Já que é para fantasiar, que seja com entusiasmo.
Narrativa e postagem
Para completar, Tania publicou o recorte do seu discurso falacioso nas redes sociais, reforçando a falsa ideia de que a cidade viveu um “vazio de poder”. Um enredo dramático, se não fosse ficção.
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Fiscalizar, sim; inventar lei, não
Espera-se de qualquer parlamentar algo básico: ler a lei, consultar assessoria e não empurrar versões que a própria legislação desmente. Nada disso aconteceu.
Ser oposição é legítimo. Fiscalizar é essencial. Mas legislar no improviso, no microfone, é outra história, principalmente quando vira alimento para seguidores que acreditam que o município ficou “sem comando”.
Não ficou.
Não houve irregularidade.
Não houve lacuna de poder.
A única sucessão real foi a das curtidas no vídeo mentiroso da vereadora.

Esta vai pra Tribuna do Riso. Parece que a vereadora só queria lacrar nas redes. Novidade? Zero! Em vez de fazer o que é certo, que é fiscalizar usando a lei de verdade, faz lacração. Mas o Jadir tá de olho, foi esperto e mostrou que a história dela não tava certa. De novo!? Pois é. Ainda bem que a Tribuna do Riso tá aí. Falta quanto mesmo para se lançar candidata a Prefeita?! Se o voto for em likes, já está eleita… e olha que a ideia nem absurda… em Narnia!!!