Tania deixa plenário durante homenagem, envergonha a Câmara e reforça o “coração rancoroso”

Na sessão desta segunda-feira (29), a Câmara de Marechal Cândido Rondon parou para aplaudir uma trajetória. A nutricionista Jaciara Reis Nogueira Garcia, referência nacional em nutrição escolar e responsável por mudanças profundas na merenda e na agricultura familiar, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito.

Todos os vereadores se levantaram. Todos aplaudiram em pé. Todos reconheceram a importância de sua história. Menos uma: Tania Maion.

A vereadora não apenas se negou a aplaudir, mas fez questão de se ausentar do plenário. Uma atitude constrangedora que ecoou mais alto do que qualquer discurso. A cena registrada pela TV Câmara no YouTube não deixa margem para dúvidas.

Em homenagens anteriores, Tania sempre foi das primeiras a correr para o registro fotográfico, ladeando a mesa diretora e o personagem homenageado. Mas desta vez, simplesmente sumiu.

Indelicadeza ou rancor?

Qual foi o motivo? O fato de a homenagem ter sido proposta por Fernando Nègre, vereador do PT? Algum ranço pessoal contra a homenageada? Ou simplesmente uma birra sem causa definida?
Provavelmente ela vai arrumar alguma justificativa.

Difícil acreditar que Tania, que tanto reclama de ser alvo de ataques por ser mulher, tenha decidido virar as costas justamente a uma mulher em destaque.

O gesto soou como desrespeito, não apenas a Jaciara, mas à própria Câmara. Porque quando uma homenagem é aprovada pelo plenário, ela deixa de ser de um vereador e passa a ser da instituição. Ao sair, Tania não atingiu Fernando, não atingiu Jaciara. Ela atingiu a todos, envergonhou a Casa.

Não é por acaso que, dias atrás, o vereador Coronel Welyngton cravou em plenário há poucos dias que Tania tem um “coração rancoroso” e vive de provocar polêmicas para aparecer. A cena desta segunda-feira parece ter dado razão à fala: um ato pequeno, mesquinho e desnecessário, que não diminui Jaciara, mas expõe mais uma vez a cabeça pequena dessa vereadora.

A homenagem ficará marcada pelo reconhecimento coletivo. Mas também pela ausência gritante de quem deveria ter, no mínimo, o senso protocolar de respeitar.