Em apenas uma semana, a tentativa de punição virou palanque. A vereadora Tania Maion, afastada por 30 dias após decisão do Conselho de Ética, conseguiu reverter a suspensão na Justiça antes mesmo da próxima sessão. Na prática, não perderá uma única votação e deve pisar no plenário na segunda-feira com aquele ar de vitória diante de quem tentou “dar a lição”. No saldo do embate, é inegável: quem mais saiu ganhando foi ela.
A liminar concedida pelo juiz Leonardo Grillo Menegon não analisou o mérito político da bronca, mas a legalidade do procedimento. O juiz enxergou probabilidade de direito e risco de dano e por isso suspendeu de imediato os efeitos da resolução que deu gancho de 30 dias à Tania.
Em casos de punição de mandato, o processo é tão importante quanto o motivo: se o rito não for seguido à risca, a narrativa de perseguição ganha força. E, como vimos, a pressa para “resolver logo” custou caro. Custou caro ao prefeito Adriano Backes, ao presidente da Comissão de Ética, Coronel Welyngton, ao relator do processo, Sargento Spohr, ao presidente da Câmara, Valdir Sachser e aos seis vereadores que votaram pelo afastamento.
A decisão judicial mostra claramente que faltou cuidado com o passo a passo. Punição, quando existe, precisa ficar de pé no processo tanto quanto no discurso. Não ficou.
Liminar não inocenta Tania
Outra coisa que precisa ficar bem clara. Como eu escrevi acima, o juiz não analisou o que a Tania fez ou deixou de fazer. Ele analisou o trâmite do processo disciplinar. Por isso, não é possível afirmar que a vereadora é inocente no caso da visita à Casa Lar.
Mas, se a Câmara ainda quiser insistir na punição, terá de recomeçar do zero, obedecer fielmente ao Código de Ética e garantir ampla defesa, além de demonstrar de forma objetiva, e não apenas por impressão, que houve quebra de decoro.
Quem ganha e quem perde
Se de um lado, a liminar não inocenta Tania, a decisão muda completamente o jogo: ela sai fortalecida. A suspensão rendeu manchetes, mobilizou as redes e, agora, vira trampolim narrativo. Ela volta sem perder uma sessão sequer e com credencial de “injustiçada que venceu na Justiça”.
Quem perdeu foram os vereadores que ficaram expostos gratuitamente diante da opinião pública. Quando a sessão terminou na segunda passada já foram alvo de vaias e gritos de ordem por parte da torcida organizada da Tania. Durante a semana viraram alvo preferencial nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. A liminar mostra que abraçaram um processo que não resistiu ao primeiro round.
Mas, quem mais perdeu foi o prefeito Adriano Backes. Foi quem levou a representação que acendeu o pavio. Backes ainda pediu apoio explícito à base na votação e a maioria correspondeu. O Paço tentou marcar território mas, só construiu desgaste e expôs seus vereadores mais fiéis. O governo paga o preço do impulso, de algo feito sem pensar, no calor do momento. Pois, sinceramente, se o rolo não tivesse envolvido a primeira-dama Andria, creio que nada disso teria ocorrido.
Na próxima sessão, a imagem falará sozinha: Tania voltando maior, seus algozes menores e o Executivo obrigado a recalibrar a rota.
Porque, desta vez, derrubaram sim a Tania… pra cima.
Em poucos anos, seguindo o ritmo, Fernando poderia ser vice da Tânia na próxima disputa para o Paço Municipal, não acham?
Kkkk
Nem Rauber daria conta disso…
É CORONÉ SUA BATATA ESTÁ ASSANDO! KKKKKKK CAIU DE PARAQUEDAS ANO PASSADO NA CÂMARA E AGORA JÁ ESTÁ SE ACHANDO O XANDÃO! KKKKKK