A polêmica do presídio em Marechal Cândido Rondon pode estar chegando ao fim. E com final previsível.

Informações de bastidores indicam que o prefeito Adriano Backes deve convocar a imprensa no início da próxima semana, possivelmente na terça ou quarta-feira, para anunciar oficialmente que a Prefeitura desistirá da doação do terreno que viabilizaria a construção de uma nova cadeia pública estadual no município. A decisão seria embasada na consulta pública aberta pela própria administração, cujos números, extraoficialmente, são considerados desanimadores.

Audiência Pública

Com isso, a audiência pública marcada pela Câmara de Vereadores para o próximo dia 14, quinta-feira que vem, perderia o sentido. “A audiência por si perde o objeto”, disse o vereador Juca, que chegou a ser cogitado para presidir o encontro, mas foi designado para um curso fora do município. Ainda assim, segundo ele, é possível que a audiência seja mantida formalmente, já que foi convocada pelo Poder Legislativo.

Pressão popular

A pressão popular foi decisiva. Desde o lançamento da enquete pública, aberta à população entre os dias 4 e 11 de agosto, as manifestações nas redes sociais e na própria Câmara têm sido majoritariamente contrárias à proposta. Vereadores de diferentes partidos já se manifestaram publicamente contra a doação da área. Isso, na prática, inviabilizaria a aprovação do projeto mesmo que fosse enviado pelo Executivo.

Outra leitura política é que o lançamento da enquete pela Prefeitura teria sido uma forma de preparar o terreno para recuar com base na vontade popular, evitando um desgaste direto com os segmentos organizados que inicialmente apoiaram a ideia, entre eles o Ministério Público e o Conselho da Comunidade.

One Reply to “Backes deve reunir imprensa para anunciar desistência do presídio; audiência pública perde o objeto”

  1. Infelizmente, vamos perder uma ótima oportunidade de termos uma cidade mais segura, e continuarmos com este barril de pólvora, que é o atual cadeião. Nao podemos descartar o risco de termos uma rebelião, mesmo tendo um efetivo policial razoável(mas não o ideal), se considerarmos, PRF, BPFRON, Cia PM e quase inexistente Posto PRv de Mal. C. Rondon(BPRv). O prefeito ao desistir da doação da área, convoca os especialistas em segurança pública ou especialistas do sistemas penal, para que eles dêem a solução, quanto a retirada do cadeião do centro da cidade. Pode também, ver junto ao governo do estado, a construção de um CDP(Centro de Detenção Provisória), com uma capacidade de 150 a 200 presos, deixando de ser um presídio com 800 vagas. Neste Centro ficariam os presos que aguardam julgamento e aqueles que cometeram delitos não graves e os que teriam o benefício do sistema semi aberto e ainda poderíamos tentar trazer indústrias, para que o detendo, tenha a oportunidade de trabalhar e ser reintegrado a sociedade, através do trabalho.

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