Com Bakri na foto, suplentes do PL avisam de que lado estão

Foi outra foto. Mas seguindo o mesmo roteiro. O roteiro que vem sendo escrito pelo deputado estadual Hussein Bakri (PSD) para fortalecer sua base de apoio e possivelmente seu partido em Marechal Cândido Rondon. Não dá ponto sem nó e vai consolidando sua estrutura para buscar a reeleição em 2026.

Desta vez o deputado, líder do Governo Ratinho Jr, aparece reunido com quatro suplentes de vereador do PL: Policial Fábio (538 votos), Jaimer Tasso (522), Neco do Peixe (502) e Jean Martins (490). Sugere que foram convidados a ingressar no PSD.

Todos eles, vale lembrar, disputaram a eleição de 2024 na coligação opositora, que tinha Arion Nasihgil como candidato a prefeito. E agora flertam com o deputado do prefeito Backes, que já foi o deputado do ex-prefeito Marcio Rauber.

Pois bem. A julgar pelo clique, aquele palanque de oposição realmente desabou. E os escombros estão sendo cuidadosamente recolhidos pelo deputado Bakri e, automaticamente, pelo prefeito Adriano Backes.

Quem diria

É curioso observar como a política muda rápido. O PL, que no ano passado batia de frente com o grupo do Backes (na época, grupo do Marcio), hoje aparece em fotos sorridentes ao lado de quem lidera a base de sustentação do prefeito no Estado.

E não é só nos bastidores: na Câmara de Vereadores, o vereador Iloir Padeiro (571 votos), também do PL, já assumiu de vez a defesa da atual administração, muitas vezes com mais entusiasmo do que os próprios eleitos pelo PP, União Brasil ou Republicanos.

Ou seja: o partido que encabeçou a oposição na eleição de 2024 já é, na prática, governo.

O único nome do PL que ainda não apareceu nesse novo álbum político é o vereador Sargento Spohr (666 votos). Digamos que seja o único que segue na oposição. Mas não aquela oposição do ano passado. Ele anda mais afinado com o grupo do ex-prefeito Marcio Rauber (União Brasil), apesar de não ter assumido isso oficialmente. Mas, nas fotos…

Oposição? Que oposição?

A verdade é que a antiga oposição em Marechal parece um prédio condenado: ainda em pé, mas prestes a cair. O MDB, outrora principal protagonista, não elegeu ninguém. O Podemos, do vereador Juca, até tem assento na Câmara, mas não tem um lado. O próprio Juca já flertou com Bakri, já ensaiou apoio ao governo… e já falou mal também. Está em cima do muro, ou talvez sentado nele.

No fim das contas, sobra quase nada daquela resistência que tentou barrar Adriano Backes nas urnas.

Agora imagine: se a oposição de Marechal Cândido Rondon fosse um restaurante, estaria fechando as portas por falta de clientes. Alguns mudaram o cardápio, outros viraram garçons do governo. Só resta uma plaquinha pendurada: “Funcionamos até 2024”.