Apesar das evidências e da robustez das provas apresentadas, o Conselho de Ética da Câmara de Marechal Cândido Rondon decidiu pelo arquivamento do processo que pedia a cassação do vereador Cleiton Freitag, o Gordinho do Suco (PP). O pedido pedia a punição do vereador uso indevido de um assessor parlamentar em atividades privadas durante o horário de expediente na Câmara.
Para o relator Iloir “Padeiro” de Lima (PL), com a concordância do presidente Claudinho Koehler (PP), e do corregedor Dionir Briesch (Podemos), não houve comprovação suficiente de que o vereador Gordinho descumpriu suas funções e não há mais tempo hábil para fazer a instrução processual nesta legislatura. “Restam ainda pouco mais de 60 (sessenta) dias para a conclusão deste mandato, o que torna improvável que se concluam todas as investigações e prazos regimentais para a defesa e acusação dos fatos”, diz trecho do relatório.
Lavando as mãos da responsabilidade, e num ato de claro corporativismo e blindagem, os vereadores ainda sugerem que se o Ministério Público entender que houve ato de improbidade ou ilícito penal, seria possível uma nova investigação por quebra de decoro parlamentar no futuro. Acredite se quiser.
Clique no link a seguir e veja a decisão na íntegra: Ata Deliberação e Julgamento – Parecer
A decisão do conselho vai contra os princípios de transparência e justiça, que enfraquece o papel fiscalizador da Câmara e compromete a confiança da população na política local. Afinal, como garantir que o respeito ao mandato e ao uso correto dos recursos públicos seja uma realidade se faltam ações concretas diante de reclamações tão graves?
Em tempo… Parabéns, Gordinho, pela reeleição e pelos 1.250 votos. Que a nova legislatura seja tão “produtiva” quanto a última e que a eficiência no imobiliário seja um diferencial no Legislativo.