Em meio a momentos de crise e desastres naturais como o que assistimos atônitos no Rio Grande do Sul, é natural que a solidariedade e a cooperação sejam os pilares para sustentar a resposta da sociedade e das autoridades. Testemunhei isso na minha Igreja, no meu Rotary Club, na minha família e até num grupo de WhatsApp. Iniciativas louváveis de muitos anônimos que se compadecem da situação dos irmãos gaúchos.

No entanto, infelizmente, alguns insistem em politizar a tragédia, transformando-a em palco para disputas partidárias e debates ideológicos estéreis.

É lamentável observar como alguns indivíduos e grupos políticos aproveitam-se da dor e do sofrimento das pessoas afetadas por desastres naturais para ganhos políticos mesquinhos. Em vez de unir esforços para ajudar as comunidades atingidas e buscar soluções eficazes, esses sujeitos optam por apontar dedos, culpar adversários políticos e promover agendas pessoais.

Ora, se políticos de lados opostos como são o governador Eduardo Leite e o presidente Lula, deixaram as divergências de lado para buscar soluções, por que os militantes não podem seguir o exemplo? Pelo menos nessa hora.

A estúpida politização da tragédia não apenas desvia a atenção dos verdadeiros problemas e desafios que precisam ser enfrentados, mas também mina a confiança na classe política como um todo. Ela não traz benefícios para as comunidades afetadas. Pelo contrário, ela apenas alimenta a divisão, o ressentimento e a desconfiança, dificultando ainda mais o processo de recuperação e reconstrução.

A sociedade precisa rejeitar essa prática e exigir uma postura mais responsável e compassiva. Em momentos de crise, a solidariedade, a cooperação e o foco no bem-estar coletivo devem prevalecer sobre interesses partidários, ideológicos ou agendas pessoais.

E, quando tudo isso passar, daí sim, devemos questionar e cobrar os gestores públicos sobre ações de prevenção e gestão para evitar novas tragédias. Depois que isso passar, daí sim, esse debate precisa ser prioridade, com a maturidade e o cuidado que o assunto exige. 

Por enquanto, vamos apoiar quem está focado no socorro, no apoio e na solidariedade.

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