Essa ninguém imaginava. Os atos antidemocráticos do 8 de janeiro podem impactar diretamente na política de Marechal Cândido Rondon e, inclusive, na eleição deste ano. Ocorre que tramita no STF uma denúncia sobre o possível envolvimento nos atos da pré-candidata a vereadora pelo Republicanos, Tânia Aparecida Maion.
Em julho do ano passado,a Justiça Federal em Guaíra acatou um declínio de competência da Vara Criminal de Marechal Cândido Rondon, referente a uma investigação envolvendo dois servidores públicos de Nova Santa Rosa e a servidora pública aposentada Tânia Maion. A investigação apurava a possível participação destas pessoas em atos antidemocráticos no Paraná e eventuais crimes que atentassem contra o Estado Democrático de Direito.
Na ocasião, o juiz federal Gustavo Chies Cignachi remeteu as cópias integrais dos autos para o Supremo Tribunal Federal, pois o Ministério Público Federal entendeu que poderia haver possível conexão dos investigados em outros delitos tramitando no STF com relação aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Um agravante para Tânia Maion é uma reportagem do jornal O Globo feita no dia seguinte aos ataques de 8 de janeiro. Na reportagem, o jornal de alcance nacional relaciona o que chama de “golpistas identificados até aqui”. Tânia Maion é uma das citadas na matéria, inclusive com uma fotografia dela no movimento de 8 de janeiro.
O processo corre em segredo de justiça, porém, informações extraoficiais dão conta de que este inquérito estaria na iminência de ser concluído e julgado no STF. Caso isso aconteça antes da eleição e no caso de eventual condenação, Tânia Maion ficará inelegível. Segundo a legislação eleitoral, qualquer cidadão condenado por órgão judicial colegiado perde seus direitos políticos em função da lei da ficha limpa.
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