A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não soltar o ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde abril do ano passado. Nas duas votações que ocorreram nesta terça-feira (25), os ministros decidiram manter Lula preso.
No primeiro julgamento foi analisado pedido de habeas corpus para Lula, que questiona a recusa do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em conceder a liberdade para o ex-presidente.
Nesse julgamento do primeiro pedido de habeas corpus de Lula, o plenário votou por 4 votos a 1 pela negativa. Votaram contrários ao pedido Carmen Lúcia, Celso de Mello, Edson Fachin e Gilmar Mendes. Apenas Ricardo Lewandowski se manifestou em contrário.
Após negar o primeiro pedido de habeas corpus feito por Lula, a Segunda Turma do STF começou a julgar o segundo, no qual a defesa alega que faltou imparcialidade ao ex-juiz Sergio Moro na condução do processo do tríplex de Guarujá (SP).
O ministro Gilmar Mendes disse que prefere esperar para realizar o julgamento até que as mensagens vazadas pelo site The Intercept Brasil sejam analisadas pelas autoridades. Em seguida, apresentou proposta para que Lula fosse solto até que o mérito do habeas corpus seja julgado – o que não tem data para ocorrer.
Contudo, por 3 votos a 2, os ministros decidiriam que o petista deve continuar na prisão até que seja analisado o mérito do pedido de habeas corpus feito pela defesa. Edson Fachin, Celso de Mello e Cármen Lúcia e votaram contra a soltura imediata de Lula. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram a favor.