Um grupo de 34 índios isolados da etnia korubo foi contatado em uma expedição realizada pela Funai, na floresta amazônica, próximo a fronteira com o Peru. O grupo, de 17 mulheres e 17 homens, entre adultos e crianças, corria risco de um conflito com índios da etnia matís. Por isso que o contato foi feito, visando reduzir a tensão entre as etnias na região, uma vez que em 2014, esses dois povos já entraram em conflito.
A expedição, iniciada no final de fevereiro, durou 32 dias desde a chegada a Tabatinga (AM). Após uma quarentena de onze dias para evitar a transmissão de doenças para os indígenas, a equipe adentrou na mata em busca dos indígenas.
A expedição envolveu 30 pessoas, incluindo índios da mesma etnia, que foram contatados em momentos anteriores e atuaram como intérpretes.
Uma expedição com esse porte e objetivo não ocorria há mais de 20 anos. Após resultado de contatos catastróficos ocorridos anteriormente, com a morte de milhares de indígenas até então isolados, a Funai colocou em prática a chamada política do não contato, que vigora até hoje. Ela tem como premissa não ir ao encontro dos isolados e agir apenas em casos pontuais, quando a etnia isolada sofre, por exemplo, uma ameaça concreta.