Entrou em vigor a nova fórmula de aposentadoria para o setor privado. Uma decisão do governo que merece, no mínimo, o reconhecimento, pois a presidente Dilma não cedeu à pressão das centrais sindicais e de setores populistas do próprio PT, optando pela coerência, vetando as alterações aprovadas pelo Congresso que aumentavam as despesas com aposentadoria precoce.
Com a forma alternativa apresentada através de Medida Provisória, o governo espera gastar R$ 50 bilhões a menos na Previdência até 2026. A fórmula, pode não ser a ideal e nem corrige muitas das injustiças do fator previdenciário que prejudicou milhões de aposentados. Mas, a nova fórmula, progressiva, é compatível com a realidade do País.
A fórmula contida na MP alivia o impacto financeiro que a mudança original estabelecia, contudo não encerra o debate, pois o sistema progressivo é, realmente uma “medida provisória”. O futuro das aposentadorias e o precário modelo que as sustenta merece permanecer na pauta de discussões de sindicatos, políticos e entidades, para modernizar esse nosso sistema que já anda cansado e curvado.