O vereador Sérgio Maciel protocolou um requerimento na sessão da Câmara Municipal solicitando que seja criada uma comissão especial com o objetivo de analisar a possibilidade de abreviar o nome do município rondonense, passando de Marechal Cândido Rondon apenas para Marechal Rondon. Segundo ele, veículos de comunicação e as pessoas da comunidade já tem como praxe usar somente o nome Marechal Rondon e, por isso, o pedido se justifica.
A questão com certeza vai dar muito pano pra manga. Tão logo a notícia foi divulgada pela imprensa já começaram as manifestações contrárias. São diversos os argumentos, desde posicionamentos simplesmente contrários por questões partidárias até questões que sugerem prejuízos históricos e financeiros.
Mas, esta não seria a primeira vez que o nome mudaria. Na época em que era distrito de Toledo o nome era General Rondon, sendo que passou à Marechal Cândido Rondon a partir da emancipação.
A justificativa de que a mudança deve ser feita apenas pelo fato de que o nome simplificado já é usual e "de praxe" na comunidade, por si é de um provincianismo sem tamanho.
Se fosse assim, sob esta mesma lógica, Pato Bragado seria "Pato"; Entre Rios do Oeste, "Entre Rios"; Rio Grande do Sul, "Rio Grande"; Rio de Janeiro (Estado e cidade), "Rio"; Belo Horizonte, "BH"; Afinal, é de praxe entre as comunidades que estes lugares assim sejam mencionados. Da mesma forma, todas as pessoas deveriam ter seus documentos alterados, constando apenas o primeiro nome, ou mais simples ainda, o apelido, afinal, é de praxe!
Algo semelhante se viu recentemente, quando o material do MEC explica que não deve ser considerado errado algo como "Os livro tá atualizado". É o mesmo caso de reconhecimento e oficialização do que é informal, ou de praxe.
Quem vê de fora, parece que não há mais com que se preocupar na nossa cidade. Os vereadores poderiam olhar para o que realmente importa e parar com picuinhas pessoais, lavação de roupa suja e discussão de questões de mentalidade provinciana dentro da câmara; ora, mas isso tudo também já é de praxe.