Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia após quase 14 anos no poder. Sob a pressão de opositores, policiais e as Forças Armadas, o primeiro líder indígena a chegar ao comando do governo alegou, em discurso televisionado, que tomou a medida para acabar com a perseguição a líderes sociais.

Logo em seguida, um clima de instabilidade tomou o país. Em sua conta no Twitter, Morales escreveu que havia um mandado de prisão ilegal contra ele e que teve a sua casa invadida e assaltada.

Junto com Morales, o vice-presidente, Álvaro García Linera, e outros dois nomes na linha de sucessão (Adriana Salvatierra, presidente do Senado, e Víctor Borda, presidente da Câmara de deputados) renunciaram aos cargos, criando uma incógnita quanto a como se dará o governo transitório.

Para piorar, não há nem mesmo decisões quanto às próximas eleições, já que dependem do Tribunal Supremo Eleitoral, cuja presidente, María Eugenia Choque, foi presa por ordem do Ministério Público, que investiga as irregularidades no pleito de 20 de outubro. O vice-presidente do TSE, renunciou dois dias após as questionadas eleições de outubro e foi detido ontem.

Como houve a renúncia de absolutamente todas as autoridades, é necessária a convocação de eleições dentro de um período máximo de 90 dias.

Mas, antes disso, a Assembleia Legislativa deve convocar uma assembleia extraordinária para eleger novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Uma vez eleitos esses presidentes, um deles terá o comando do governo transitório e a tarefa de convocar as eleições em um prazo de 90 dias, concluindo, assim, a transição para um novo governo constitucional.

Com informações das agências internacionais. 

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