Os primeiros 100 dias do governo de Jair Bolsonaro (PSL) foram fartos em polêmicas, recuos e casos de imobilidade política e administrativa.

A gestão patina para obter apoio para seus projetos prioritários, como a reforma da Previdência. Além dos problemas de articulação política, o presidente enfrenta desgastes gerados por casos como o do esquema de candidaturas de laranjas no seu partido, o PSL, por disputas de poder entre seus próprios apoiadores e recuos sucessivos.

Veja abaixo um resumos dos principais pontos destes 100 dias de governo:

REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Em fevereiro, Bolsonaro entregou à Câmara uma proposta de reforma da Previdência. A proposta é economizar R$ 1 trilhão em 10 anos. Mas, a falta de diálogo do Planalto é alvo de reclamação entre os deputados. No início de abril, o ministro da Economia, Paulo Guedes assumiu as tratativas com os líderes de bancadas.

CONFUSÕES COM O CONGRESSO
A falta de prestígio junto ao Governo fez a Câmara enviar recados ao Planalto. Deputados derrubaram o decreto sobre sigilo e aprovaram o engessamento do orçamento do Executivo.

COMPRA DE ARMAS
Em 15 de janeiro Bolsonaro cumpriu sua primeira promessa de campanha. Facilitou a compra de até quatro armas a cidadãos maiores de 25 anos, sem antecedentes e com curso de tiro. Apresentou uma caneta bic como arma para defender o povo brasileiro.

LARANJAL DO PSL
A primeira crise política causou a degola de um dos principais aliados de Bolsonaro. Gustavo Bebianno foi exonerado da Secretaria-Geral após suspeitas de candidaturas laranjas no PSL. Ele negou as irregularidades e disse que converson com o Presidente sobre o tema. Foi desmentido pelo filho de Bolsonaro, Carlos, nas redes sociais.

LEI ANTICRIME
Focado no combate à corrupção, crime organizado e crimes violentos, o ministro da Justiça Sérgio Moro propõe alterar 14 leis. O fatiamento da iniciativa foi alvo de críticas, por separar o caixa 2 de outras medidas.

APROXIMAÇÃO COM OS ESTADOS UNIDOS
Num encontro bilateral, Trup prometeu apoiar a entrada do Brasil na OCDE. Bolsonaro e Trump estão alinhados nas críticas à Venezuela e na postura sobre Israel.

CRISE NO MEC
As disputas internas paralisaram o Ministério da Educação e culminaram na demissão do ministro Ricardo Vélez em abril. Há três grupos em conflito: técnicos, militares e alunos do escritor Olavo de Carvalho.

LIVES NO FACEBOOK
As transmissões no Facebook usadas durante a campanha voltaram à agenda de Bolsonaro em março. Ele conversa com o público todas as quintas-feiras, às 19 horas.

VÍDEO OBSCENO
No carnaval, Bolsonaro compartilhou um vídeo com nudez pública de dois homens, um urinando na cabeça do outro. Depois, ele perguntou o que seria “golden shower”. O vídeo foi excluído depois da repercussão negativa.

INFLUÊNCIA DOS FILHOS
A exemplo da campanha, os filhos mais velhos seguem próximos ao pai. O senador Flávio, envolvido com denúncias de ligação com a milícia, é visto como o “mais político”. Carlos, vereador no Rio, é o mais ativo na internet e pavimentou o caminho para a demissão de Bebianno. Eduardo, deputado, é entusiasta da aproximação com os Estados Unidos e “chanceler informal” do País.

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